Cheguei na porta do boteco com medo, mas joguei-o do lado de fora e a abri, como quem não tem mais nada a perder. Eu não tinha.
Ele iria me destruir. Estava escrito e ele queria. Deus, quase que eu queria àquelas alturas.
Entrei naquele espaço imundo e abafado, cheirando a cigarro e suor. Trouxe comigo um resto do frio da noite que sumiu antes de a porta fechar.
Ele estava exatamente onde eu o havia deixado.
Caído sobre a mesa, um envelope rasgado às pressas. Ao lado, um pedaço de papel: os resultados do exame, minha sentença de morte.
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